"O futuro não é o lugar para onde estamos indo, mas o lugar que hoje estamos construindo."

Ensaio Dinâmico – Deformação Permanente – Conheça mais detalhes sobre este ensaio - Norma DNIT 179/2018-ME

A caracterização em laboratório do potencial de deformação permanente é realizada a partir de ensaios mecânicos que fornecem informações sobre a parcela plástica do material quando este é submetido a muitos ciclos de aplicação de carga em diferentes estados de tensão. Assim pode-se gerar o modelo de regressão para utilizar no programa computacional MeDiNa.

Deste modo entende-se por Deformação Permanente (DP), o somatório dos afundamentos verticais permanentes no revestimento e em camadas subjacentes causados pelo carregamento (tensão) aplicado na superfície do pavimento. Para a obtenção dos valores da deformação, os materiais do pavimento devem ser ensaiados por meio de estudos de laboratório em que as condições de carga, frequentemente experimentadas pelos materiais no campo, são simuladas a partir dos Ensaios Triaxiais de carga repetida.

Imagem 01: Corpo de prova - Ensaio Triaxial do tipo Deformação Permanente

Em laboratório, tem-se utilizado equipamentos de carga repetida. O Ensaio Triaxial do tipo Deformação Permanente é realizado a partir da moldagem de corpos de prova cilíndrico em amostras indeformadas ou deformadas, tem como objetivo submeter o material a condições de cargas similares aquelas a que os pavimentos são submetidos, reproduzindo os estados de tensões atuantes causados pelo movimento do tráfego.

O ensaio é executado com condicionamento inicial com 50 golpes, que são descartados e tem função de garantia o contato entre o pistão e o topo da amostra, com finalidade de evitar eventuais folgas no contato pistão-topo. Sendo que o par de tensões para esta etapa inicial é de 30 kPa de Tensão Confinante e 30 kPa de Tensão Desvio.

Poderá ser realizado apenas um ensaio de deformação permanente, com um estado de tensões, e N maior ou igual a 150.000 ciclos de carga, desde que já se saiba a magnitude da tensão vertical atuante no topo da camada que se deseja estudar. Entretanto, em caso de dimensionamentos de pavimentos novos ou análise de estruturas sem revestimento asfáltico, ou com tratamento superficial, não se sabe exatamente a magnitude destas tensões, porque o ato de dimensionar corresponde a exatamente determinar as espessuras das camadas.

Do ensaio é apresentado um gráfico “Ciclos N x Deformação Acumulada”, que pode ser expresso tanto em termos de deslocamento quanto em porcentagem.